O presidente do Sindibeb/BA e coordenador do setor de Bebidas da Contac - Alberto Evangelista, falou sobre a reconstrução do Brasil, a partir da posse do governo Lula.
A reconstrução da imagem do Brasil, frente ao mercado internacional, foi preponderante para à retomada da democracia e do crescimento econômico. Prova disso, é o crescimento de 9 pontos no nível de credibilidade do país no contexto mundial, contra uma avaliação de 4 pontos negativos. Essa ascensão do governo Lula, recolocou o Brasil, na rota central do combate ao desmatamento e consequentemente trabalhando para proteger os ecossistemas mundial.
Na geopolítica, o Brasil tem se apresenta como elemento preponderante, na busca de saída diplomática, que contribua para debelar conflitos, que tem levado países como Rússia e Ucrânia, Israel e o grupo Hamas dentre outros, a promover guerras que tem ceifado centena de milhares de vida.
No campo da geração de empregos, o governo precisa investir no processo de reindustrialização no país. Basta lembrar, que os empregos gerados pela indústria, são os mais estáveis e que distribuem melhor remuneração. É mister comentar, o EUA e países da Europa que foram o berço da revolução industrial, começam a dar passos largos, na busca pela retomada do protagonismo mundial industrial. Logo, o Brasil não pode perder a oportunidade de se fortalecer industrialmente, e voltar a ser referência na América Latina.
Mas, a reindustrialização do Brasil, não pode acontecer apenas abrindo as portas do capital estrangeiro, é preciso que o capital estrangeiro não traga apenas fábricas e novas tecnologia e, depois, ir embora como foi o caso da Ford na Bahia. É preciso garantir a empregabilidade, remuneração equivalente com às necessidades do trabalhador, redução na jornada de trabalho para elevar a geração de emprego e garantir qualidade de vida, menos adoecimento da classe operária e a redução dos acidentes no local de trabalho.
Alberto Evangelista, coordenador da Contac, ponderou também, que o governo precisa criar políticas de incentivo para as pequenas e medias empresas, sobre tudo, as empresas do setor de Alimentação, que mais geram emprego. Frente às bebesses dadas as grandes empresas como Ambev, Heineken, Coca-Cola, JBS, M Dias Blanco, Nestlé dentre outras, através de desoneração da folha de pagamento, concessão de empréstimos à baixos custos, sem o compromisso da geração de empregos.
Já a reforma sindical, tem se mostrado um gargalo para a classe operária, que tem visto suas propostas emperradas num congresso nacional que na sua maioria, não tem nenhum compromisso com os trabalhadores.
Outra pedra no sapato da organização sindical, é a classe empresarial, que é contra a contribuição sindical, como elemento principal para tentar barrar a organização dos trabalhadores. Mas, em contrapartida, essa mesma classe empresarial, não é contra o pagamento pelas empresas de valores para sustentar o sistema S, que só beneficia a eles próprios.
Texto : Alberto Evangelista